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domingo, 26 de abril de 2009

Aprovada no vestibular



Perco os planos, o nexo e a linha de raciocínio. O pensamento voa longe. Longe do teclado, das mãos, dos dedos, das unhas, dos pés, da cabeça, do corpo. Indecisão alojada no interior. Certo medo contido, quase proibido. Numa esperança de fazer-me forte, indestrutível. Movida a adjetivos. Quanto mais adjetivo, mais fácil esquecer qual é o substantivo. Mais fácil de esquecer logo tudo de uma vez. Esquecer o mundo e suas dores. É uma experiência louvável, lamentável. Onde sufixos não se fazem suficientes para explicar. E prefixos só prefazem verbos já auto-suficientes. Não é preciso recomeçar. Mas apenas começar de novo. Sem proteger o começo com um prefixo. Ele não precisa disso. Há inúmeras outras necessidades tão mais "necessárias" - para não dizer urgentes e fazer-me redundante. (...) Faço parte de um ciclo. Um vício. Um ciclo vicioso. Sou fruto do meio, da influência. Não tenho autoridade, sou bicho. Literalmente sou bicho.

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