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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quantas vezes mais?

Precisarei mesmo repetir que não me importa "o que as pessoas fazem", me importa "o que as pessoas fazem à minha pessoa"? E quantas vezes precisarei mostrar a simplicidade das coisas? A facilidade de certas escolhas, de certas atitudes? Vou ter sempre que me calar e esboçar um falso sorriso amarelo? Quantos serão os capazes de pisar em mim, na minha moral? Peguem seus egos tão inflados, estourem-os e parem em ilhas longínquas da minha pessoa. MANTENHA DISTÂNCIA. De pessoas como estas, tudo o que eu quero é distância. Teu humor é sem escrúpulos. Tua voz desafina. Minha confiança quebra. E não tente reconstruí-la, porque ao passo que a quebrou, reconstruí-la não valeria a pena.


-

Um lamento, um desabafo, uma decepção. Fique registrado meu repudio por pessoas falsas, sem moral, e pseudo boas samaritanas. Nada desejo a essas pessoas, nem de bom, nem de ruim. Apenas desejo distância, e não me venham com explicações, canso-me só de pensar em ouvir...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Carne transverte em Lúcifers

homem em pé
anjo falido

corpo ri sem graça
alma gira em desgraça

áurea respira caça
ânima suspira escassa

domingo, 25 de janeiro de 2009

Precipício



Suicido-me.



E peço desculpas se não o fizer direito.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Brasa Brasileira







O pé descalso
Soa no compasso cotidiano,
ilustra o descompasso costumeiro.

Equilíbrio (í)lógico,
Do que come e vomita,
Hidratra e seca,

Engole e cospe,
Rumina e regugita,
Fere ou é ferido.

As mãos secas e ásperas,
Seguem o repetido eco,
Tateiam a ilusão de um futuro incerto e inóspito.

Páginas da comtemporaneidade,
Afastadas da modernidade,
Marginalizadas do capítulo principal.

Olhos seguem mudos,
De Ouvir atrofiado,
Despido e enganado.

Aonde soa, Filosofia Contemporânea?
Era informacional a pender tanta informação...
A alijar a toda formação...

E soa familiar,
Páginas de jornal velho,
Canibalismo pós-moderno.

Em contradição colonial, o interior é marginal:
E as Brasas do meu Brasil,
Ainda Braseiam mil...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH

Preciso gritar,
Desvirginar essas cordas vocais da castidade das boas maneiras
Abrir a boca até deslocar o maxilar
Cansei dessas etiquetas
Desses talheres, anáguas e vocabulário selecionado
Cansei de falar baixo, de sentar de pernas fechadas e de só fumar meio cigarro
Damas não chingam,
Não se alteram,
Não aparecem de camiseta e rabo de cavalo,
Não bebem
Não comem muito,
Não sorriem demais,
Pouco respiram
Essas flores de estufa que enfeitam as reuniões sociais
Entao FODAM-SE as damas
Forniquem com sua própria agonia
Corram de calcinha por aí
Abram seus espartilhos inflem seus pulmões e gritem
Toda dor
Toda paixão
Toda tristeza
Toda cólera
Toda frustração
E gritem mais no orgasmo sórdido da ruptura das boas maneiras





Agora eu preciso fumar um cigarro
Inteiro

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Es pe ra

Basta-me essa espera. Essa coisa agoniante que me sufoca. Acendo um cigarro no outro, que loucura é essa? Hei de gastar todos meus trocados em maços amassados pelo tempo. Tirar a roupa, tirar o corpo fora e sentir a chuva escorrer pelo corpo. Evitar os pensamentos da espera. Arranco fora meu coração que sofre e se aperta a cada segundo pela aproximação ainda distante. Ainda nua vou à beira da estrada, pedir carona para lugar nenhum. Pedir ajuda. Ou mendigar um passaporte só de ida a um universo inteiramente novo, mágico, modificado, mudado, mutado e incorreto. Chega de seguir à risca o que nos é pedido. Extravasemo-nos de drogas, sexo e paixão. Alguma hora eu vou aprender e vou deixar de esperar, de te esperar...

Olhos

Mira-me com aquela expressão interrogativa como se em um instante fizesse tantas conjecturas fossem possíveis a respeito do meu caráter e em um sutil franzir de sobrancelhas, uma breve contração muscular estupra toda aspereza da minha imponência até então invicta.
Os olhos cinzentos me sugam para o bueiro escuro da tua pupila, sujo, sujo de todos os pensamentos defecados pela escória, rota subterrânea que exala podridão do vômito dos boêmios entorpecidos pelo alcool e pelo gozo de suas orgias intermináveis.
Olheias denunciam todas idéias e insurreições censuradas, tramadas clandestinas das madrugadas de lua cheia e branca tal qual a nádega de uma vadia deitada ao lado de um anônimo numa espelunca soltando argolas de fumaça após a foda indigente.
Escalo a tua esclerótica avermelhada pelo torpor sinestésica de uma droga qualquer, rastejando no chão lamacento da tua íris e arranhando as paredes cobertas de limo e lodo viscoso ensopando meus sapatos me torno rota e suja com a maravilhosa putrefação do submundo animalesco profanando as auréolas douradas da civilidade.
Pisquei e emergi, e tudo seria diferente se nunca tivesse mirado aqueles olhos.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Fluir de coisa alguma

Tiro calmamente meu relógio, e deixo-o de lado. Não tenho pressa, não tenho hora. Ajusto rapidamente a cadeira em um ângulo confortável, e mantenho a luz apagada. No escuro meu verdadeiro eu aflora, e as palavras saem de mim como num lindo rodopiar de folhas levadas pela brisa do outono. As folhas, são apenas folhas, e não as perco. Perco as páginas, as palavras e as dúvidas. As dúvidas já não fazem parte de mim. Sou agora o que chamam de esperança. Ou apenas de espera. Assisto tranquila o entardecer, e espero cada novo entardecer. Porque os amanheceres já não preciso esperar. Eles simplesmente vêm. Sem nem mesmo perguntar se a ressaca me invade, e vão-se sem nem esperar meu último comentário de ressalve. Recolho-me então à minha singularidade, onde o plural nós não tem espaço. E o leve suspiro de vida que ainda teima em invadir meus pulmões faz-se suficiente para eu retomar o fôlego e seguir em frente... Vivendo...

Caixas





Sigo nesse Caos mundano,
Persisto na estaticidade do leito humano.

Então livre-me dessa movimentação desordenada
Que me fartei dessas falsas multidões,
Coletivas solidões,
E seletivas paixões.

Cansei-me do falatório aleatório,
E do marchar organizado,
E do devoto contraditório.

A mim bastam essas luzes.
Vou fechar as cortinas da espetacularização,
Embriagar-me nas coxias dos sonhos
E assim fatigar-me tão e somente
no emanar onírico.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Dança Contemporânea





Passa dia, conta mês
Passa hora, conta o passo...

Acorda e olha pro céu chuvoso,
escova os dentes, lê a tragédia matutina.
Olha ao relógio, está atrasado, apressado, acossado e sonolento.
Os ponteiros ultrapassam, é corrida selvagem, é Cruzada pós-moderna.

Terno para passar, café frio para beber, pão velho para comer.
Os ponteiros adquirem uma dimensão surreal, vencem e correm e batem, batem.

Agora é fila no metrô,
Espera no ponto de ônibus. Espera no ônibus. Espera no ônibus.
O Trânsito e os ponteiros...
Mais passos e mais passageiros...

O dólar subiu, as ações caíram,
a América tá em crise e a Guerra continua.
- Isso é Capitalismo, é Canibalismo.
Mas, ora, quanta besteira, quanta baboseira,
modernos são os tempos em que posso pagar meu restaurante no cartão.

E cala-se com o feijão, engole a salada,
olha para a mulher, não olha para si.
Mal mastiga a carne, engole arroz, mal deglute o purê.
Já é tarde para espelhos que se quebraram.

Volta e é rotina que engole cotidiano,
É hora que cospe passo,
É dinheiro que vomita sentimento.

O horário é de rush,
Fila grande e descompasso maior.
Cansaço toma o corpo e adormece entre uma estação e outra.

Liga o microondas,
Nem mastiga, só engole.
Nem suspira, só engole.
Nem pergunta, só engole.

Já não resta mais medo, não resta mais pesadelo,
o noticiário foi desligado.
E qualquer anseio momentâneo afogado no travesseiro de noites insones.


Passou hora.. ponteiros.
Passou dia.. rotina.
Passou mês.. calendário.


Passa vida... e quê?

domingo, 11 de janeiro de 2009

Ê, Cidade










Ê, Cidade. Disparidades seculares amontoadas em janelas de frequências distintas. Antagonismo urbano explorado e invasivo, é descompasso subjetivo, estampado e vendido em série, em massa. Tuas encruzilhadas apontam caminhos distintos, de mesma direção e diferentes sentidos. A luz que iluminaria ofusca e engana olhares inferiorizados como condição circustancial. Fotografia primordial, vaga que se retira da personalidade, a traçar caminhos atitudinais conformes. Ê, Cidade. Sinto saudade, sinto carência, escolhi o avesso, recebi a dor. Senti calor, sinto frio, tua brasa já não me queima, nem teu calor me esquenta. E assim com teu manancial a mim secou, teu céu estrelado apagou. Tuas multidões já são vazias, teus espelhos, quebrados, tua palavra, pouca, e tua poesia tornou-se rouca. Tuas cores transvertiram em fardas, tuas ruas em passarela, tua esperança perdida em sonhos envelhecidos. Ê, Cidade. Berço e terreno da Desigualdade, desarmonia verdadeira, calor fulgaz, escuridão derradeira. Que falta me faz teu aconchego! Ah, disparidades! Ainda há identidades? Essa luz a espalhar o terror, espanta meu medo, ao oscilar presente, afugenta mil a atrair outros tantos. Ê, Cidade. Concretização do paradoxal, do antagônico, o que esguestes, em que coluna se apoiara? Febre urbana em rede, febre urbana em rede... apaziguada em Hundertwasser, inflamada por outros tantos nessa multidão boiada, caminhando a esmo...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Cidade dos sonhos




Eu pego esses livros e ateio fogo!
AH, ESTOU FARTA!

Já não bastava a inevitável correria do dia-a-dia?
Por que haveriam de nos colocar inúmeras barreiras?

Querem mesmo dificultar.
Querem mesmo acabar comigo.
Com meu ânimo, minha moral.

Chega a ser um falatório desornado, uma leitura arrastada, um pão duro pra comer.

Resta-me a fome de quem busca e não acha. De quem olha e não enxerga.
DE QUEM QUER E NÃO CONSEGUE.

Dê-me logo este isquero. Vou incendiar toda essa dor terrena.
Vou deixar o pó aos que ainda querem. Aos que ainda respiram. Aos que ainda vivem.

EU JÁ NÃO VIVO. E fico só. Olho pela janela e me pergunto:
- Quantos prédios ainda cabem no céu da minha janela?

Quantas pessoas vão querer se espremer numa cidade que
pulsa carro,
pulsa avenidas,
pulsa bebida,
pulsa noite,
pulsa drogas,

corta os pulsos?