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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Chega de falar dos outros.

Falarei de nós! Julgo-nos loucas! Antes mesmo de sermos ou profanas, ou intrínsecas, ou orgânicas pelas mesas de bares... Mas ainda sim, amo-nos. De um jeito profano, intrínseco e orgânico. Mesmo que isso irrite outros tantos. Ríamos sempre de nós, de nossas loucuras, de nossos pecados, de nossas caras-de-pau. E é disso que me orgulho, porque nunca deixamos de ser nós mesmas. Nunca deixamos de ser mulheres o suficiente para usar saia, nem homem o suficiente para matarmos inúmeros maços de cigarro regados a inúmeras garrafas de cerveja. A partir disso não me restam incertezas... Sei que foi de longe um dos melhores anos de minha vida. Quando do bar, extraíamos poesia. Quando de nós, extraíamos vida. Se vivo hoje? Já não sei, já não quero saber. Porque vivi profanamente, intrinsecamente, organicamente tudo o que elas tiveram a me oferecer. E hoje, passado já um tempo dessa nossa deliciosa realidade, onde a maior preocupação era o vestibular (risos), ofereço-lhes minhas palavras. Porque é o que tenho de mais valioso. Por isso acho digno um clichê: Saudades, amo-nos.

domingo, 18 de julho de 2010

CRIAÇÃO É FUGA

criação (escrita) sempre veio em desespero ou desilusão.
a realidade é maleável e flexível, completamente distorcida por maestros de cada eskina. as delimitações são territorializações arbritrárias, onde as linhas de fuga são previsíveis, feito imãs. a criação só é instantaneísta se destruída. o único sentido é a gestão. o fluxo de idéias só é verdadeiro quando metralhado, talhado sem reboco, brandinficado. os conceitos válidos são aqueles instantedefinidos, de vida curta, surta. lógica morre a cada segundo e só assim se pode continuar vivendo. ponto fixo é medo, paz sem voz - e o que seria dessa se não sobre ou justaposta por outra e mais outra? a aglomeração agonia e desespera, série de encaixes em circulação alucinada e propriamente governada. subjetividade é esquizofrenia, squash, palidez convulsa. objetividade é escárnio. a velocidade das idéias ultrapassa o trem na penúltima estação - liberdade é destruição. decadência é luxo e o valor, trans-sexual. solidão é lava, que cobre tudo, amargura em minha boca, sorri seus dentes de chumbo. solidão palavra, cravada no coração, designa omundo no compasso da desilusão. ser é estar. convicção é ignorância e a coerência é hipócrita e fanática. e todos dopados... a mais louca agressão é frágil. a única convergência é a Bondage. identidade não existe, só existe familiaridade, porque o mundo é egoísta e idólatra. o mundo é um moinho movido a gás lacrimogênio. e profeta é o demente com seu sorriso escrotal. estado de espírito é tirânico. o justo é a vaidade que foi vendida a $15,90 num leilão de magos. gaveta é fraude - é sombra projetada da caverna em NEON. status é estado e tem estado tão podre que nem se degenera, mas fede frenéticamente e é feito de concreto e aço. o orgânico é epifânico. o senhor da véspera é o demônio do dia seguinte. e quem disser o contrário será preso e estrangulado. a criação, desde o falso e ilusório momento do princípio, só está para ser odiada, destruir e matar. espelho convexo: teoria é incapacidade, escrita é impotência, mijo é vitória sem linha de chegada. metáfora é prosopopéia, que nem existe mais depois que humanidade acabou. passado é troféu, prosa é desordenada, só assim seria poesia. Imagem não existe, ela também é e se faz indissociável. Sartre era jardineiro e não botânico. conhecimento é pretensão. sem vermelho nunca haverá cinza, a não ser no aborto pós-natal. palanque é uma caixa de ovos verde-limão (que, por sinal, é a cor mais desprezível, na maioria das vezes).

meu cadarço me enforca pelos tornozelos.
mas antes eu os usava avulsamente, para prender meus dois pés juntos e assim viver pulando, a instabilidade era minha falsa liberdade com o rabo no cu. hoje eu piso na pista de gelo. cor-cru.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Existo! És isto?

Sou nada?

Sou projeto, traço e cor da tua idéia?

E se tua idéia é tua mente

Vazia?

Sou entao tudo?

Plena onde o todo é vácuo!

E qual é o todo?

Cheio de todo vazio?

É nada?

Se nada é o todo

Então sou todo

Ainda que esse todo seja inócuo

.

Não sou personagem

Nao sou tipo

Não posso ser coisa

Nem rascunho

Ou protótipo

.

Incorpórea, impalpável?

E se há, ainda, um ser que não o seja

Me diga quem

Ainda existe sem que haja quem o veja!

.

Todas facetas de ser

Só o são com devido destinatário

Eu acadêmico é graduação

Eu empregado é salário

Eu profissional é portfólio

Patrão é pagamento

Funcionário/produção

Defunto é espólio

Homem, mulher, negro, branco e tudo é estatística

.

Gente, só existe a partir de uma interpretação finalística

E ainda que não haja razão para teleologia

Se fazem existir, esses alter-egos

Contróem a desejada personalidade

Fotos textos música câmera luz ação!

Dessa virtual orgia

E seu real eu existe na verdade?

Quem dirá que não?

.

TU!

Egrégio julgador do certo!

Diz que todo meu eu não há!

Que me criou e pode me limitar

Sou um aborto da tua esquisofrenia?

Nasci fruto da tua entorpecência

E agora morro, vítima da tua letargia?

. 

Mas... se me diz, a mim se dirige

Então existo pra satisfazer teu desejo

De dar o veredicto pelo menos em um aspecto

Da tua vida insípida que pensa que o roteiro redige

E eu nada mais sou do que um prospecto

A caricatura do ensejo

De procrastinar a abalroada

da realidade em seu mais vil aspecto

.

E se ainda reiterar toda argumentação

Aduzindo minha inexistência

Me rasgo e te exponho as entranhas,

sangue pulsa derrama e tinge

O cenário digno de uma produção tarantinesca

.

Caso insista na absurda alegação

De que a ausência de corpo me restrige

E nem mesmo minha ferida fatal te convença

De que há minha real concepção e consciência

.

Te envolvo nos braços gelados e rígidos

e afogo tuas interrogações em coágulos

E te enojas

Regurgitas

E sabes que sou teu tumor psicológico

Palpável em cada um de teus nódulos

E antes que minha ausência te aflijas

.

Fica o a ferida purulenta dor e cheiro...

Sente o cheiro?

É da tua consciência podre

Porque me contém

E se cheira e se contamina com a putrefação de todos os fungos e pústulas

Se adoece e se cai

Existe

E se me contém então

Existo

.

E se tentas me convencer que não

Te nego

E tenho negado

Mas não é por negar-te que tenha te desprezado

Pois quanto mais renego

Te vejo a tentar me convencer mais empenhado

E tem teu pensamento me nutrido

E teus nãos me construído

.

Sou tua sombra arquetípica

Teu não dever ser

Dessa tua alma paralítica

Toda teoria e imaginação

Que pensas que te dá poder

Para fazer a dicotomia

Entre o que há ou não

De acordo com tua ética irrisória

.

Sou tua crítica e teu sermão

Sobre os erros de todos os tempos

Sou tua anti-heroína

Tua alegoria do proibido sempre à mão

Para ilustrar tua hipocrisia

De como todos estão errados ao buscar a perfeição

.

E sob a égide de tuas morais e lamentos

Esconde teu ego megalomaníaco

Que pensa que ao apontar tantos outros tormentos

Dessa geração socialmente hipocondríaca

Disfarça tua própria auto-afirmação

.

Sou quem te refresca a memória

No meio da rotininha patética

Te todas as tintas, imagens, photoshop e glória

De todas tuas criações apáticas

.

Como todos outros tantos,

Todo carne sangue e suor,

Buscas a perfeição inatingível

E a mim, sombra que sou,

Cabe sempre o pior.

.

Ainda que não vá te reduzir a prantos

Hei de te proclamar a sentença temível

Sendo eu nada mais do inferno que aponta

Em todos que buscam amor nesse mundo terrível

Sou nada menos que teu avesso

O bastidor de cada fim e cada começo

.

E sendo tudo que teme

Tornar-se o desprezo que projetaste

Digo, és tu como eu, insisto,

Eu existo,

E tu, és isto?

quinta-feira, 25 de março de 2010

Eu gosto dessa arte...


Que interpreto como Dadaísta nesse mundo de absurdos. Penso e finjo que é pura arte essas incoerências que delineiam o dia-a-dia de quem pensa em poesia. E fico assim: ao léu. Esperando mais um sopro que vem do fundo da alma, implorando por mais um pouco de fé. Não é possível, é fé que me falta! Porque a arte eu já respiro, a música eu já sinto e o mundo eu só fico a observar. Deve mesmo faltar fé. Pra poder cegar e acreditar que é tudo assim tão simples. E eu acho que é isso mesmo que acontece. Basta eu querer entender, que volto a precisar de correção pra essa minha miopia moral. E não fosse suficiente essas ironias e toda a falta de sentido, ainda tenho que ouvir falar em multa...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Começa a rotina

Acaba a poesia

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Feliz ano novo!

E eu sozinha...


Com gosto de um vinho que eu não tomei.
Cheirando a um cigarro que não fumei.
Com gosto de um beijo, que eu deixei...