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domingo, 18 de julho de 2010

CRIAÇÃO É FUGA

criação (escrita) sempre veio em desespero ou desilusão.
a realidade é maleável e flexível, completamente distorcida por maestros de cada eskina. as delimitações são territorializações arbritrárias, onde as linhas de fuga são previsíveis, feito imãs. a criação só é instantaneísta se destruída. o único sentido é a gestão. o fluxo de idéias só é verdadeiro quando metralhado, talhado sem reboco, brandinficado. os conceitos válidos são aqueles instantedefinidos, de vida curta, surta. lógica morre a cada segundo e só assim se pode continuar vivendo. ponto fixo é medo, paz sem voz - e o que seria dessa se não sobre ou justaposta por outra e mais outra? a aglomeração agonia e desespera, série de encaixes em circulação alucinada e propriamente governada. subjetividade é esquizofrenia, squash, palidez convulsa. objetividade é escárnio. a velocidade das idéias ultrapassa o trem na penúltima estação - liberdade é destruição. decadência é luxo e o valor, trans-sexual. solidão é lava, que cobre tudo, amargura em minha boca, sorri seus dentes de chumbo. solidão palavra, cravada no coração, designa omundo no compasso da desilusão. ser é estar. convicção é ignorância e a coerência é hipócrita e fanática. e todos dopados... a mais louca agressão é frágil. a única convergência é a Bondage. identidade não existe, só existe familiaridade, porque o mundo é egoísta e idólatra. o mundo é um moinho movido a gás lacrimogênio. e profeta é o demente com seu sorriso escrotal. estado de espírito é tirânico. o justo é a vaidade que foi vendida a $15,90 num leilão de magos. gaveta é fraude - é sombra projetada da caverna em NEON. status é estado e tem estado tão podre que nem se degenera, mas fede frenéticamente e é feito de concreto e aço. o orgânico é epifânico. o senhor da véspera é o demônio do dia seguinte. e quem disser o contrário será preso e estrangulado. a criação, desde o falso e ilusório momento do princípio, só está para ser odiada, destruir e matar. espelho convexo: teoria é incapacidade, escrita é impotência, mijo é vitória sem linha de chegada. metáfora é prosopopéia, que nem existe mais depois que humanidade acabou. passado é troféu, prosa é desordenada, só assim seria poesia. Imagem não existe, ela também é e se faz indissociável. Sartre era jardineiro e não botânico. conhecimento é pretensão. sem vermelho nunca haverá cinza, a não ser no aborto pós-natal. palanque é uma caixa de ovos verde-limão (que, por sinal, é a cor mais desprezível, na maioria das vezes).

meu cadarço me enforca pelos tornozelos.
mas antes eu os usava avulsamente, para prender meus dois pés juntos e assim viver pulando, a instabilidade era minha falsa liberdade com o rabo no cu. hoje eu piso na pista de gelo. cor-cru.

3 pareceres:

Juliana Dacoregio disse...

Texto estilo literatura beat, estilo pintura expressionista.

Nora disse...

sinto falta do teu ritmo, da sinestesia, da criação-fuga com toda arrogancia que me cabe na minha caneca de café e nos meus cinzeiros há muito não limpos..
Foge cmgo?

henrique disse...

muito bom!