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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Fluir de coisa alguma

Tiro calmamente meu relógio, e deixo-o de lado. Não tenho pressa, não tenho hora. Ajusto rapidamente a cadeira em um ângulo confortável, e mantenho a luz apagada. No escuro meu verdadeiro eu aflora, e as palavras saem de mim como num lindo rodopiar de folhas levadas pela brisa do outono. As folhas, são apenas folhas, e não as perco. Perco as páginas, as palavras e as dúvidas. As dúvidas já não fazem parte de mim. Sou agora o que chamam de esperança. Ou apenas de espera. Assisto tranquila o entardecer, e espero cada novo entardecer. Porque os amanheceres já não preciso esperar. Eles simplesmente vêm. Sem nem mesmo perguntar se a ressaca me invade, e vão-se sem nem esperar meu último comentário de ressalve. Recolho-me então à minha singularidade, onde o plural nós não tem espaço. E o leve suspiro de vida que ainda teima em invadir meus pulmões faz-se suficiente para eu retomar o fôlego e seguir em frente... Vivendo...

1 pareceres:

? disse...

espera da vida, esperança de vida...
fluir para luzir...