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terça-feira, 11 de agosto de 2009

OUVIDO DE ALUGUEL

pudera mesmo as passagens se sobressaissem ao anseio de pregar-se à cadeira e se lamentar, mas aos curiosos nada resta mesmo além da sala escura e do vazio na multidão. pudera os desejos sinceros e travestidos pudessem vir à tona delicadamente, mas eles vêm de sorrateira à espera do perdão. a associação não passou de um pesadelo que, entorpecida, tornou a tomar. porque não desiste e pensa que resiste, mas que na verdade tosse e exala felizmente algum cantinho qualquermente encantado. e mesmo que nu, ainda resta o que pensou ser encantos e o palavreado sincero de um admiravel mundo novo. ou o rostinho infeliz de alguma mágoa sutil e dócil. a pratica é assustadora e a ousadia também. otário o que fechou os olhos na primeira vez em que viu. ou deixou-se abalar pela linha tênue entre a ironia e o desejo. a mão que te estende são essas, palavras. livres, confusas. e tristes.
a verdade inimiga do conforto soube-se de primeira até que a serpente mostrou-lhe o caminho da maçã. confunda-me deus, pelos tremores conceituais que tornei a chorar. se só aqui que posso contar aqui resta. na espera de algum ouvido amigo. mas quando aparece, estremece. ou deixa-se levar. afoga-se, mergulha. entra para a verdade da mentira. ou pela porta dos fundos. ou pela caixa do correio. ou pela cara que lhe esbofeteia e coloca-te na realidade de que o que buscou foi ilusório. ou transitório. os otimistas ficam com o ultimo. e quando não se resta mais saída, a gente se conforma. ou reconhece que o jeito é tolerar, virtuosos os impotentes. tão imperiosas as vontades que nao pode-se satisfaze-las sozinho? hora essas que passam tao rapidamente que nem sente o que outrora julgou fazer-se então poderosa. e de peça em peça suou até escaldar-se de tão exausto, deitando em cima da montanha esclarecido então de que finalmente falava sozinho.

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