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domingo, 1 de março de 2009

Goodbye, Nice to know you


Me tomam durante essa semana considerações sobre a minha dificuldade em dizer adeus... No decorrer dos últimos meses encontrei pessoas que marcaram-me a ferro e a fogo com sua individualidade, sua cultura, suas expressões, sua liberdade e sua loucura porque não dizer... E fizeram tranto por mim que não posso deixar de lamentar o quanto falhei em retribuir. Pessoas que amei tanto em tão pouco tempo e agora se vão...

E eu queria ter fumado só mais um cigarro e terminar mais uma jarra de café...
Queria ter sentado em mais um bar barato e divagar e declamar todos os verbos advérbios e adjetivos de todas as heresias que pensava...
Queria ter ouvido só mais um vinil,
Queria ter dado só mais um mergulho,
E só mais uma risada e derramado só mais uma lágrima,
Eu queria poder vagar alcoolizada por só mais uma rua escura,
E ter tirado os sapatos na praia e enfiado meus pés na areia só mais uma vez...
Eu queria poder ter feito mais e falado mais e me armadurado menos...
Mas o sinal abriu e as hordas me empurraram pra atravessar a Paulista,
E o banco estava fechando e tinha uma reunião as 15:00
E já era meia noite na Coréia,
E o dólar baixou,
E estava presa no engarrafamento...
E ficou muito tarde...
Eu deveria ter agradecido mais, retribuído mais e exigido menos...
Mas agora não há mais tempo...
E eu sinto tanta falta,
E n consigo esquecer,
E vejo meus traços marcados pelo tempo no espelho,
E vejo q não é o tempo que os marca
E carreguei comigo um pedaço de cada,
Cada um dos que passaram me ajudaram a formar o patchwork psicológico psicodélico de mim
Carreguei o blues, os olhos de cigana oblíqua, a serenidade, a brincadeira, o sorriso, as piadas infames, as palavras difíceis e a poesia...
De um de outro formei um novo pedaço de mim...
E todos os segundos se tornaram infinitamente maiores e mais relevantes
Dessas flores de cerejeira que não seriam tão belas se não durassem tão pouco...
E dizer adeus não se torna tão duro talvez...
Talvez se torne um até logo
E talvez às voltas encontre um e outro outra vez
Destes tantos que foram meu início, cura e fim.

2 pareceres:

Pétilin disse...

Seu texto põe em palavras tudo o que pensei nessa semana fora. Será possível que seremos mesmo apenas amigos de cursinho? Não acho necessário. Não quero que isso seja possível. Formamos um grupo de loucos boêmios, que amam a vida, a cerveja, o cigarro, e os amigos. Não deixemos que a distância mude isso!

Espero que no próximo feriado prolongado estejamos todos aqui!

Saudades de você minha linda!
Beijos!

? disse...

lindo, lindo, lindo...

que saudades!