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domingo, 15 de março de 2009

Optando pela apatia conformada, minha resignação à falta de afeto levou-me a reflexões tais que a tragédia escatológica da carência nao podia-se mais evitar...
Assisti ao último romance estúpido, e ao último videoclipe musical... e no último gole da última taça de vinho... E a frustração do surrealismo daquelas paixões fervorosas geram a ira incontrolável...
E quis quebrar o nariz arrebitado da mocinha de olhos claros de cada filme água com açúcar, e jogar petróleo em cada praia caribenha q eu nunca visitarei, e rasgar todos os vestidos de noiva e atear fogo aos seus buquês e assistir à alegoria do amor pueril correndo ensandecida altar abaixo com seu véu flamejante... E quis rasgar todas as telas de todos os pintores, e quebrar todas as esculturas, quis jogar uma bomba em todas as ruínas gregas com sua maldita proporção áurea, e arrancar os cabelos perfeitamente ondulados de cada top model magrela e borrar-lhe a maquiagem, quis gritar impropérios dentro da catedral de São Pedro e espalhar livros de kama sutra num convento, quis fazer um bebê rechonchudo chorar, e quebrar toda porcelana da dinastia Ming, quis fervorosamente destruir algo belo... algo belo e inalcansável para preencher todo esse nada que tem me consumido...
E conclui-se que já não é mais facultativo que meu estado emocional tenda a quase catatonia, é a solidão monocromática que me aleijou a alma nesses últimos dias...

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