terça-feira, 14 de setembro de 2010
Chega de falar dos outros.
Escrito por Pétilin às 05:06 2 pareceres
domingo, 18 de julho de 2010
CRIAÇÃO É FUGA
criação (escrita) sempre veio em desespero ou desilusão.
a realidade é maleável e flexível, completamente distorcida por maestros de cada eskina. as delimitações são territorializações arbritrárias, onde as linhas de fuga são previsíveis, feito imãs. a criação só é instantaneísta se destruída. o único sentido é a gestão. o fluxo de idéias só é verdadeiro quando metralhado, talhado sem reboco, brandinficado. os conceitos válidos são aqueles instantedefinidos, de vida curta, surta. lógica morre a cada segundo e só assim se pode continuar vivendo. ponto fixo é medo, paz sem voz - e o que seria dessa se não sobre ou justaposta por outra e mais outra? a aglomeração agonia e desespera, série de encaixes em circulação alucinada e propriamente governada. subjetividade é esquizofrenia, squash, palidez convulsa. objetividade é escárnio. a velocidade das idéias ultrapassa o trem na penúltima estação - liberdade é destruição. decadência é luxo e o valor, trans-sexual. solidão é lava, que cobre tudo, amargura em minha boca, sorri seus dentes de chumbo. solidão palavra, cravada no coração, designa omundo no compasso da desilusão. ser é estar. convicção é ignorância e a coerência é hipócrita e fanática. e todos dopados... a mais louca agressão é frágil. a única convergência é a Bondage. identidade não existe, só existe familiaridade, porque o mundo é egoísta e idólatra. o mundo é um moinho movido a gás lacrimogênio. e profeta é o demente com seu sorriso escrotal. estado de espírito é tirânico. o justo é a vaidade que foi vendida a $15,90 num leilão de magos. gaveta é fraude - é sombra projetada da caverna em NEON. status é estado e tem estado tão podre que nem se degenera, mas fede frenéticamente e é feito de concreto e aço. o orgânico é epifânico. o senhor da véspera é o demônio do dia seguinte. e quem disser o contrário será preso e estrangulado. a criação, desde o falso e ilusório momento do princípio, só está para ser odiada, destruir e matar. espelho convexo: teoria é incapacidade, escrita é impotência, mijo é vitória sem linha de chegada. metáfora é prosopopéia, que nem existe mais depois que humanidade acabou. passado é troféu, prosa é desordenada, só assim seria poesia. Imagem não existe, ela também é e se faz indissociável. Sartre era jardineiro e não botânico. conhecimento é pretensão. sem vermelho nunca haverá cinza, a não ser no aborto pós-natal. palanque é uma caixa de ovos verde-limão (que, por sinal, é a cor mais desprezível, na maioria das vezes).
meu cadarço me enforca pelos tornozelos.
mas antes eu os usava avulsamente, para prender meus dois pés juntos e assim viver pulando, a instabilidade era minha falsa liberdade com o rabo no cu. hoje eu piso na pista de gelo. cor-cru.
Escrito por ? às 00:39 3 pareceres
Lembrando 100 nós
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Existo! És isto?
Sou nada? Sou projeto, traço e cor da tua idéia? E se tua idéia é tua mente Vazia? Sou entao tudo? Plena onde o todo é vácuo! E qual é o todo? Cheio de todo vazio? É nada? Se nada é o todo Então sou todo Ainda que esse todo seja inócuo . Não sou personagem Nao sou tipo Não posso ser coisa Nem rascunho Ou protótipo . Incorpórea, impalpável? E se há, ainda, um ser que não o seja Me diga quem Ainda existe sem que haja quem o veja! . Todas facetas de ser Só o são com devido destinatário Eu acadêmico é graduação Eu empregado é salário Eu profissional é portfólio Patrão é pagamento Funcionário/produção Defunto é espólio Homem, mulher, negro, branco e tudo é estatística . Gente, só existe a partir de uma interpretação finalística E ainda que não haja razão para teleologia Se fazem existir, esses alter-egos Contróem a desejada personalidade Fotos textos música câmera luz ação! Dessa virtual orgia E seu real eu existe na verdade? Quem dirá que não? . TU! Egrégio julgador do certo! Diz que todo meu eu não há! Que me criou e pode me limitar Sou um aborto da tua esquisofrenia? Nasci fruto da tua entorpecência E agora morro, vítima da tua letargia? . Mas... se me diz, a mim se dirige Então existo pra satisfazer teu desejo De dar o veredicto pelo menos em um aspecto Da tua vida insípida que pensa que o roteiro redige E eu nada mais sou do que um prospecto A caricatura do ensejo De procrastinar a abalroada da realidade em seu mais vil aspecto . E se ainda reiterar toda argumentação Aduzindo minha inexistência Me rasgo e te exponho as entranhas, sangue pulsa derrama e tinge O cenário digno de uma produção tarantinesca . Caso insista na absurda alegação De que a ausência de corpo me restrige E nem mesmo minha ferida fatal te convença De que há minha real concepção e consciência . Te envolvo nos braços gelados e rígidos e afogo tuas interrogações em coágulos E te enojas Regurgitas E sabes que sou teu tumor psicológico Palpável em cada um de teus nódulos E antes que minha ausência te aflijas . Fica o a ferida purulenta dor e cheiro... Sente o cheiro? É da tua consciência podre Porque me contém E se cheira e se contamina com a putrefação de todos os fungos e pústulas Se adoece e se cai Existe E se me contém então Existo . E se tentas me convencer que não Te nego E tenho negado Mas não é por negar-te que tenha te desprezado Pois quanto mais renego Te vejo a tentar me convencer mais empenhado E tem teu pensamento me nutrido E teus nãos me construído . Sou tua sombra arquetípica Teu não dever ser Dessa tua alma paralítica Toda teoria e imaginação Que pensas que te dá poder Para fazer a dicotomia Entre o que há ou não De acordo com tua ética irrisória . Sou tua crítica e teu sermão Sobre os erros de todos os tempos Sou tua anti-heroína Tua alegoria do proibido sempre à mão Para ilustrar tua hipocrisia De como todos estão errados ao buscar a perfeição . E sob a égide de tuas morais e lamentos Esconde teu ego megalomaníaco Que pensa que ao apontar tantos outros tormentos Dessa geração socialmente hipocondríaca Disfarça tua própria auto-afirmação . Sou quem te refresca a memória No meio da rotininha patética Te todas as tintas, imagens, photoshop e glória De todas tuas criações apáticas . Como todos outros tantos, Todo carne sangue e suor, Buscas a perfeição inatingível E a mim, sombra que sou, Cabe sempre o pior. . Ainda que não vá te reduzir a prantos Hei de te proclamar a sentença temível Sendo eu nada mais do inferno que aponta Em todos que buscam amor nesse mundo terrível Sou nada menos que teu avesso O bastidor de cada fim e cada começo . E sendo tudo que teme Tornar-se o desprezo que projetaste Digo, és tu como eu, insisto, Eu existo, E tu, és isto?
Escrito por Nora às 21:04 0 pareceres
quinta-feira, 25 de março de 2010
Eu gosto dessa arte...
Que interpreto como Dadaísta nesse mundo de absurdos. Penso e finjo que é pura arte essas incoerências que delineiam o dia-a-dia de quem pensa em poesia. E fico assim: ao léu. Esperando mais um sopro que vem do fundo da alma, implorando por mais um pouco de fé. Não é possível, é fé que me falta! Porque a arte eu já respiro, a música eu já sinto e o mundo eu só fico a observar. Deve mesmo faltar fé. Pra poder cegar e acreditar que é tudo assim tão simples. E eu acho que é isso mesmo que acontece. Basta eu querer entender, que volto a precisar de correção pra essa minha miopia moral. E não fosse suficiente essas ironias e toda a falta de sentido, ainda tenho que ouvir falar em multa...
Escrito por Pétilin às 23:01 1 pareceres
sábado, 27 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Feliz ano novo!
E eu sozinha...
Escrito por Pétilin às 00:14 0 pareceres