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domingo, 26 de outubro de 2008

O jardineiro

Ela era tudo pra mim. Deixou de ser. Antes disso era a flor que eu melhor cuidei no jardim dos meus sonhos. Ah! Como era linda e intocável. Eu espantava aos gritos quem ousasse ferir seu recanto sagrado, mesmo que fosse com um leve suspiro. Era minha, MINHA. E a perfeição de seus traços me iluminavam os olhos. Iluminavam tanto, que me cegavam. Ela me cegou, me seduziu, e de mim se apoderou. Eu, antes um mero jardineiro, fui feito de escravo. Escravo de seu egocentrismo. Vendo assim, podem achar que eu tentei resistir. Mas não. Me aninhei de tal forma ao seu encanto, que quando ela veio com a famosa faca de dois gumes, eu não reparei. E fui assim, um bobo apaixonado por muito tempo. Até que uma tempestade me soprou pro alto. E eu fui parar em outro jardim, em outro sonho, em outra flor, onde eu não sou, nem ela é, e onde nada é feito de tudo, e tudo é feito de nada.

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