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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vertigem


Um dia desses vou viver como um uivo, vou gritar promiscuidades por ai.
Eu serei meu verbo, serei meu tempo, sem subordinações, sem orações, repleto de neologismos. Reinventarei na minha psicodelia histérica, todo significante das palavras.
Enquanto eu tiver voz, só prometo o surreal, só garanto a dúvida, só afirmo o contrário.
O labirinto está aberto, só corro pra me perder. De olhos vendados, eu sigo o instinto como um animal. Sinto o cheiro da descoberta, eu sinto o cheiro do medo.
Meus pés pisam em lembranças, e eu te peço, meu amor não se abaixe...nem olhe pra mim, não se assuste, eu já te nego.
Tudo cabe numa folha em branco, como meu rosto já foi. Hoje, as impressões me marcam. Aquele espelho quebrado, não me contém.
Enquanto eu existir, meus heróis me seguem, com eles todos os cantos, todas as paixões, todas as loucuras transpiram emocionadas, similar a um impulso que faz o corpo tremer. Quando a cabeça inverte e já não da pra respirar. Continua pela boca seca, pela pele exposta, pelas mãos de quem carrega subjetividade. É um passo pra dentro do que você escondeu, docinho. Lirismo embriagado, orgasmo, camisa rasgada.
Enquanto você, querido, camufla as verdades na noite. Se for preciso, buscarei além das montanhas. Eu já te disse! Todo o Externo cabe em meus olhos, faz parte de mim.
Conheço essa estrada como a mim mesma. Enquanto me agrada eu te seguro e se não for assim, eu te devoro!
Quando todos sucumbirem ao convencional e envelhecerem, eu ficarei de pé, com a paciência de um atirador. Buscarei novos alvos pra me deliciar. Talvez eu ande com calma, observando essas insignificantes existências. A vida pacata cheia de detalhes, perfeições. Talvez eu me cale, suportando o silêncio e todos os demônios que se põem a chorar a luz do dia, são só crianças. Enquanto desequilíbrios me acompanham sob a lua, vou declamando aos poetas mortos, os paradoxos do meu ser. Talvez eu vá ao centro do turbilhão, provocar as emoções que vivem em mim. Um múltiplo, um leque carrego comigo. É um causo, uma máscara, um teatro real. É só uma estória que conto, pra te enrolar. Antes que me corrompa eu me salvo, enquanto você dorme.

2 pareceres:

nine lives disse...

Foi vc mesmo quem escreveu?

gostei muito Carol!
mesmo!
não sabia que você escrevia.
Parabéns meo..
lindo!

bejao!

Ravnos

Nora disse...

transcendendo sublimando se embriagando em no tedio da sobriedade e vomitando textos an manhã seguinte... axo q estamos virando alcoolatras....


Gosto mto *-*
=***