Cinza
Cinza de grafite carbono. Dos motores dos carros. Da fuligem no rosto dessa gente.
Cinza, dos cacos e pés da Paulista. Dos prédios das grandes metrópoles. De sete tons e mecanismos. De humor sem graça. Do teu último trago de cartas queimadas. Metálico de engrenagens engasgadas. De carimbo velho e da Inquisição. Cinza de dissabores, amargura indizível. Existência indigesta, opacas multidões. E- terno cinza. Das queimadas consciências, inversão térmica. Poluído de branco e preto. De cinza e branco encarcerado. E branco pasmo de todas as cores.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Cinza
Escrito por Anônimo às 14:50
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4 pareceres:
cinza. eu temo o acizentar. eu temo. cinza sem vida, cinza sem ida. o cinza é morte em vida.
Cinza dos poetas mortos. De folha seca, que não escorre. Cinza dos olhos cansados. De boca adormecida.
Cinza turvo, bruto de asfalto e concreto maciço. Denso das grandes massas.
cinza do paradoxo de nem branco pleno nem preto opaco, cinza de todas as cores que se pode vestir a repugnância, inquieto...cinza embaçado e turvo, cinza de maquiagem borrada no final da festa, cinza metálico, inorgânico
Ou não
De cinza mostro um pouco do meu luto, já que reluto em usar o preto, é medo.
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