CLICK HERE FOR BLOGGER TEMPLATES AND MYSPACE LAYOUTS »

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Observações de uma tarde monocromática

Cidade cinza, pessoas pálidas, letreiros, cartazes e panfletos oferecem o colorido artificial, placebo dessa gente. Hordas de pessoas marcham pela Paulista, a barraca de flores destoa do cenário, assim como a avermelhada decoração natalina de azevinhos e guirlandas e brinquedos e duendes destoa tb do concreto denso como o prórpio ar que se respira, é puro asfalto.
Olhos vidrados e baixos dos que correm perseguindo os ponteiros do relógio atrás do tempo perdido, hamsters desenfreadamente correm para contiruar parados, mas do que passar uns pelos outros, se atravessam, invisíveis e impalpáveis, sublimaram o corpo para sons e rotinas e prazos.
E marcham legiões romanas organizadas desde o princípio da urbe, adestrados na disciplina da sobrevivência da selvageria canibal cosmopolita. O tempo [toc toc toc] da música a qual dançam os bailarinos [soldados?] blindados de óculos escuros e armardurados em ternos, dançam no ritmo da sinfonia urbana de explosões businas; celulares; máquinas rangem; moedas tilintam; relógios tic-tac e passos, passos apressados e rígidos, endurecidos soldados à massa de metal e amalgamados à todas engrenagens da maquinaria que soa, um instrumento novo que abafa as batidas dos pobres corações afogados em desespero.

1 pareceres:

? disse...

"A falsa urbe à minha volta,
primatas maquiados de civilização,
mas eh tudo selvageria pura,
sangue no olho e faca na bota,
canibalismo, capitalismo,
anestesia e amortecência conurbada
formam a massa das metrópoles."

massa que marcha
sem sentidos
só ponteiros