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domingo, 14 de dezembro de 2008

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Deixe-me despir meus pensamentos,
descobrí-los de toda máscara que a convivência social os impõe.

Deixe-me assumí-la, oh idéia obsena,
Rasgar-te-ei as roupas, rompendo cada um dos botões,
Descosturarei-lhe a educação
Afrouxar-lhe-ei a polidez
Desamar-lhe-ei a etiqueta

A partir daqui deixe os intintos nos guiar,
Confrontar-te-ei, psiquê animalesca,
Mas agora nua, não me parece tão feia,
Prostituta usada em intorpecência e carência,
Torná-la-ei minha esposa, Amante Ilegal

Sua essência grotesca tem belos contornos,
Silhuetas de sombra
Bloqueiam a luz da civilidade
As formas fluem ainda que toscas
Intrínsicas em mim,

Tentei prendê-las
Parecer mais ajustável ao meio
Talvez se eu esconder um pouco
Gostar-se-ia mais de mim?
Seria eu mais amada?

Mas não mais,
Agora gritarei a plenos pulmões
cada sensação
Ainda que absurda
Nascida de mim

Ensandecida em sinestesia e primitivismo
Uivarei,
Gritarei,
Gemerei [por quê não?]
Promiscuidades,
Impropérios,
Heresias

E cada um dos sons guturais
Pelos quais meus hormônios clamarem
E cada linha de culpa cravada na minha expressão se apagará

Me agarro ao instinto quase criminoso
Estupro convenções
Despedaço comodismos
E agora só agora
Essa coisa inominável,
Puro carbono e hidrogênio,
Meu alicerce pra evolução
Permite-me caminhar além da ortografia e da gramática,
Leia-me, o livro aberto de rituais pagãos,
O manual herético
Eu quero pura semântica biológica,
E foda-se o arcaidismo da mesóclise,
E foda-se seu esteriótipo,
E foda-se o meu medo de não aprovarem minha produção,
E foda-se a forma na qual eu não caibo,
E foda-se sua censura inquisidora,
E foda-se seu julgamento covarde,
E foda-se o meu medo de tudo... e o seu e o dele também,
E fodam-se eu e você
Talvez dessa sinapse gametófita
Eu o infecte com minha loucura dadaísta
E faça tantos loucos
Tontos
Inconsequentes
e Roucos

1 pareceres:

Anônimo disse...

De cada barbarismo, conhece o limite. De todos os tempos pode provar e pode mesmo desprezá-los.
Reinventa tua loucura e a alimeta do sangue que escorre pelas etiquetas de toalhas brancas. As mesmas que cobrem o rosto das pessoas. Com cinismo-simpático de boa educação.

De tudo desfaz e refaz, cubismo.
Como cada verdade que sobre ti se impôs. Que cada verbo, vire cor.
Que cada grito, gere vento pra te disseminar.


Se nada te cabe, não se esprema!
Os deixe arregalar os olhos.


Nora você rasga realidade com a ponta do lápiz!