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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Capítulo I




Balcões paredes e mesas me chamam, latejam as ânsias primiticas do meu ser sórdido, é o instinto que me põe de joelhos, pulmões resfoleantes, atrito contato pele e suor, e pulsa, pulsa no gozo animalesco irracional do grito emudecido.
A violência dos botões de camisa arrancados e livros no chão, sapatos jogados no canto da sala e taça de vinho abandonada à meia-luz, palavras embriagadas em blues.
Um corpo transborda seus limites, invade outro espaço, aquece e funde num puxão de cabelos, impropérios promíscuos gritados em uivos de êxtase libertino.
Movimentos libidinosos consomem a racionalidade metálica e libertam o orgânico intrínseco urrante de prazer.
O estado natural e febril que expõe o âmago profano no ato selvagem.
O toque corrói a película e escorre o biológico quer possuir o corpo que percorre, quer derretê-lo, inundá-lo e inebriá-lo.
Os olhos vidrados vibrantes reviram-se nas órbitas, as cortas arqueiam os músculos contraem e da boca entreaberta escapa o gemido delirante.
Pés entrelaçados ao amanhecer. Corpos despidos da vergonha cobertos pelos lençóis amassados. Molhados. Fartos. Sedentos por mais.

1 pareceres:

? disse...

entre Dadá. é nosso