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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Felicidade triste, felicidade contida, infelicidade



Eles se escondem por debaixo dessa pele
Se escondem por debaixo dessa pele.
Por isso que eu gosto de osso.

Osso!
Que sustenta, que é rude, grosseiro.
Ossada imponente, impotente, impotente.

Ah...
Somos ossos, restos, caveiras, mortos, podres,
largados, estilhaçados, enterrados, quebradiços,
mas não tão frágeis quanto parecemos.

Somos estruturas milimetricamente encaixadas,
mas recheadas de tanto pudor quanto é possível caber.

Pudor, e dor, dor, dor.
DÓI!
E machuca, e fere, e sangra, e goteja,
é sangue, é osso, é dor, é olho.

É olho. Que vê, mas é míope.
É míope mas quer, ainda assim,
os ossos que caem
e apodrecem em baixo da terra,
em covas,
em túmulos,
em santuários.

São eternos, são otários,
Estão a sete palmos da onde eu piso.

Inferior, interior. Tudo dentro, tudo fora.
A parte que não coube em mim, e agora chora.

2 pareceres:

? disse...

que texto, que imagem!

"a dor, há dor, adorador"

Anônimo disse...

UOUUUUUUUUUUUUUUUUUU

genial!
não cabe mais palavras...