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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Ela


Fácil demais para ser verdade.
Difícil demais para ser mentira.

Ela vem assim, desajeitada,
Olhando para todos os lados da rua.
Pra ver se encontra-se em qualquer outro rosto.
Qualquer outro rosto acinzentado que anda pela rua.
São olhares vazios, que não a encaram, não a penetram,
Não a aquecem, não a confortam.
Eles são simplesmente olhares...
Inúteis, fúteis.
Indignos de qualquer razão.
E são sem sentido...

Sentido
Sensação

Ela é a personificação das sensações.
Ela grita.
Por amar, por odiar, por sentir dor.
Por querer um abraço, por querer um mundo inteiro todo pra ela
Da forma mais egoísta que pode ser,
mais dominadora,
mais real.
Ela é assim...
Um pouco real.

Mas é sua parte sonhadora que olha para todos os lados da rua.
Olha para cada um e quer saber cada história.
Cada vida que não é a sua vida mas que se completa num círculo perfeito.
Que não interfere na perfeição de seu próprio círculo.
Mas que o tangencia  e logo em seguida está no outro lado do mundo...

Como pode alguém ser tão presente em sua vida,
E de repente pegar um avião e ir, ir, ir?
Ir, voltar, e ir de novo.
Como se não tivesse bastado da primeira vez.
Como se fosse insuficiente as coisas que tem aqui.
Como se as pessoas fossem insuficientes.
Mas infelizmente elas realmente são.
Não todas.
Não nós.

Nós.
Nós.
Nós na garganta.
E tranca.

Trancafia sua alma na garganta antes de conseguir de falar...
Antes de conseguir falar toda a verdade.
Mas qual é a verdade? QUAL É A VERDADE?
Q U A L É A V E R D A D E?
Já nem sabe se quer saber...

Tem em si todas as dores do mundo.
Só para poder esquecer suas próprias dores.

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